A cidade de Nova York é famosa por seus símbolos icônicos, desde a Estátua da Liberdade até o Empire State Building. Um novo emblema pode em breve chamar a atenção no lado oeste da cidade: uma colossal escultura de pombo de 16 pés de altura. Criação do artista colombiano Iván Argote, a escultura, apropriadamente intitulada "Dinossauro", será montada no topo do parque elevado High Line em outubro, onde permanecerá em exibição por 18 meses.
Desafiando as normas da arte pública
A escultura de alumínio hiper-realista de Argote ultrapassa os limites da arte pública e dos monumentos tradicionais. O nome "Dinossauro" não apenas alude à escala colossal da escultura, mas também homenageia os ancestrais do pombo que governaram a terra. Argote traça um paralelo entre a extinção dos dinossauros e o potencial extermínio dos humanos, sugerindo que as relíquias da humanidade podem persistir nos recessos e lacunas dos mundos futuros, assim como os pombos fazem nas ruas movimentadas da cidade de Nova York.
O pombo: um nova-iorquino icônico
A escolha de um pombo como tema da escultura é intencional. Os pombos, como muitos nova-iorquinos, não são nativos da região e foram trazidos para a cidade por colonos europeus no século 17. Hoje, acredita-se que a população de pombos da cidade supere a população humana, com cerca de nove milhões de pássaros em comparação com quase oito milhões de pessoas. A escultura de Argote visa derrubar a visão negativa dos pombos como "ratos com asas" e, em vez disso, incentiva os espectadores a percebê-los como nova-iorquinos por excelência.
Mesclando arte e realidade no rodapé da High Line
O High Line Plinth, onde "Dinosaur" ficará estacionado, é uma plataforma rotativa para exibir grandes peças de arte contemporânea. "Dinosaur" é a quarta encomenda para o Plinth, sucedendo obras de Pamela Rosenkranz, Simone Leigh e Sam Durant. A escultura será montada em um pedestal de concreto projetado para se assemelhar às calçadas e edifícios onde os pombos normalmente descansam, borrando ainda mais a linha entre arte e realidade.
Uma nova perspectiva sobre o familiar
Cecilia Alemani, diretora e curadora-chefe da High Line Art, elogia o talento de Argote para transformar algo comum, como um pombo, em um assunto para profunda contemplação. A escultura de Argote adiciona uma lente crítica e bem-humorada ao discurso contínuo sobre arte pública, desafiando os espectadores a repensar seus sentimentos em relação aos pombos.
Arte Pública Acendendo Conversas Comunitárias
A colocação de "Dinosaur" coincide com uma época em que a arte pública é cada vez mais vital para promover o espírito comunitário e desencadear diálogos. Ao situar uma escultura de pombo gigante em um espaço público proeminente, Argote pretende evocar uma estranha mistura de atração, fascínio e medo entre os habitantes de Nova York. A escultura serve como um lembrete da natureza em constante evolução das cidades e do potencial de beleza e simbolismo inesperados na paisagem urbana.
Convidando à reflexão e ao diálogo
À medida que os nova-iorquinos e visitantes encontram "Dinosaur" no High Line, eles são encorajados a ver os pombos sob uma nova luz e refletir sobre seu próprio papel no mundo. A escultura desafia noções preconcebidas, confunde as linhas entre arte e realidade e convida os espectadores a participar de um diálogo sobre o poder da arte pública e a resiliência da vida selvagem urbana.
Poder transformador da arte
Em uma cidade conhecida por seus símbolos icônicos, "Dinossauro" está prestes a deixar uma impressão duradoura. Ele testemunha o poder transformador da arte para alterar nossa percepção do mundo e acender discussões sobre nossa humanidade compartilhada. À medida que o pombo monumental de Argote se posiciona acima do High Line, ele nos convida a reavaliar o familiar e descobrir a beleza no inesperado.