O apoio parlamentar da Turquia à adesão da Suécia à Otan eliminou uma obstrução significativa no objetivo da Suécia de aderir à aliança estratégica. A potencial adesão da Suécia, com a aprovação da maioria de 287 a 55, prepara o terreno para que a Suécia esteja quase inteiramente sob a influência da OTAN em relação às suas fronteiras. Este desenvolvimento é visto como um desafio direto ao presidente russo, Vladimir Putin, que é fortemente contra a expansão da Otan. Com a Finlândia já membro e a admissão da Suécia agora provável, as opções de retaliação de Putin são limitadas.
Posição da Rússia sobre a expansão da Otan
Putin tem argumentado consistentemente que a expansão da Otan representa uma ameaça para a Rússia, usando-a como uma das razões para a invasão da Ucrânia em 2022. No entanto, a aliança continua a aumentar com a inclusão da Finlândia no ano passado e a Suécia agora prestes a aderir. A reação de Putin à inclusão da Finlândia foi desdenhosa, e espera-se que ele responda da mesma forma se a adesão da Suécia for confirmada. As próximas eleições na Rússia também desempenham um papel, já que Putin provavelmente minimizará as notícias para preservar sua imagem como um líder forte.
O impacto da adesão da Suécia à OTAN na Rússia
As implicações da adesão da Suécia à OTAN são consideráveis para a Rússia. Completaria a transformação do Mar Báltico numa região controlada pela NATO, deixando a Rússia apenas com o enclave de Kaliningrado como excepção. Essa mudança na dinâmica de poder aumentou as preocupações na Rússia, já que os países bálticos declararam recentemente planos de construir bunkers ao longo de suas fronteiras para se defender de qualquer potencial agressão da Rússia.
Obstáculos no caminho da Suécia para a adesão à OTAN
Apesar do endosso da Turquia e da adesão da Finlândia, a candidatura da Suécia à Otan enfrentou obstáculos da Hungria e da Turquia. O primeiro-ministro húngaro, Viktor Orbán, muitas vezes visto como um aliado de Putin, inicialmente se opôs à candidatura da Suécia. No entanto, após a votação da Turquia, Orban convidou seu homólogo sueco à Hungria para discutir os termos da admissão da Suécia. O secretário-geral da Otan, Jens Stoltenberg, saudou o apoio da Turquia e expressou esperança de que a Hungria também confirme a adesão da Suécia em breve.
Uma viagem controversa para a adesão à OTAN
A adesão da Suécia à Otan é vista como um fortalecimento da aliança e um movimento que aumentará a segurança para todos os Estados-membros. No entanto, é vital reconhecer que o caminho da Suécia para a adesão não foi isento de controvérsias. A Turquia inicialmente se opôs ao pedido da Suécia, citando preocupações com a leniência em relação a grupos militantes e uma manifestação de queima do Alcorão. Desde então, a Suécia tomou medidas para dar resposta a estas preocupações, reforçando a legislação antiterrorista e prometendo uma cooperação mais estreita com a Turquia em questões de segurança.
O endosso da Turquia à adesão da Suécia à Otan elimina uma obstrução significativa no objetivo da Suécia de aderir à aliança. Este movimento confronta a oposição do presidente russo, Vladimir Putin, à expansão da Otan e solidifica ainda mais a presença da Otan na região do Mar Báltico. Embora se espere que a adesão da Suécia seja finalizada, a ratificação da Hungria ainda está pendente. De um modo geral, a adesão da Suécia reforçará a OTAN e reforçará a segurança dos Estados-membros.