O presidente do Quênia, William Ruto, ordenou a evacuação de residências ao longo dos rios do país após inundações catastróficas que resultaram na morte de pelo menos 169 pessoas no último mês. Este desenvolvimento segue um evento trágico onde inúmeros indivíduos foram arrastados por um dilúvio perto da cidade de Mai Mahiu, aproximadamente 30 milhas a noroeste de Nairobi. O presidente Ruto fez uma visita a uma escola que atualmente abriga muitos desalojados pelas enchentes.
As inundações e deslizamentos de terra são consequência das fortes chuvas que castigam persistentemente a África Oriental, levando a inundações repentinas e danos significativos à infraestrutura. O desastre no Quênia é o mais mortal no país na última quinzena. A causa precisa do deslizamento de terra permanece incerta, com relatos iniciais sugerindo um rompimento da barragem, mas relatórios posteriores indicam que um túnel possivelmente obstruído pode ter cedido, levando à inundação de lama que engoliu a aldeia.
A situação no Quênia estimulou o governo a agir para diminuir o impacto das enchentes e proteger seus cidadãos. De acordo com o gabinete, os níveis de água inchados pela chuva em duas hidrelétricas no país atingiram "máximas históricas". Consequentemente, as pessoas a jusante foram aconselhadas a afastar-se destas áreas. O gabinete também orientou os moradores de áreas propensas a inundações em todo o país a evacuar ou enfrentar a transferência forçada. Com a expectativa de aumento das chuvas sazonais, é fundamental priorizar a segurança e o bem-estar de quem reside em áreas com alto risco de alagamentos ou deslizamentos.
No entanto, alguns moradores expressaram frustração, sentindo que o governo poderia ter agido mais rapidamente para evitar a tragédia. Um morador, Sam Njoroge, expressou decepção com o fato de o governo local estar ciente do túnel bloqueado, mas não agir prontamente. Isto levanta questões sobre a eficácia da gestão de catástrofes e a necessidade de mecanismos reforçados de preparação e resposta.
O efeito danoso dessas inundações vai além do Quênia. Países vizinhos como Tanzânia, Somália, Etiópia e Burundi também sofreram perdas significativas de vidas e deslocamentos como resultado das inundações. A situação destaca a necessidade urgente de colaboração regional e esforços coesos para enfrentar os desafios impostos pelas mudanças climáticas e seu impacto nas comunidades suscetíveis.
As recentes inundações e deslizamentos de terra no Quênia levaram à perda de muitas vidas e ao deslocamento de milhares. A decisão do governo de evacuar os moradores que vivem em áreas propensas a inundações é um passo necessário para garantir sua segurança. No entanto, persistem preocupações quanto à oportunidade da resposta e à necessidade de melhorar as estratégias de gestão de catástrofes. Esta calamidade serve como um lembrete da necessidade urgente de os países da África Oriental cooperarem e investirem em soluções de longo prazo para mitigar o impacto das mudanças climáticas e proteger seus cidadãos de futuros desastres naturais.